No neurônio comum, os dendritos, as estruturas que lembram raízes, recebem os estímulos elétricos de outros neurônios.
Uma vez processados, eles são retransmitidos pelo axônio, uma extensão da célula.
No entanto, cientistas encontraram um neurônio diferente – nele, o axônio surge diretamente de um dos dendritos.
Essa estrutura até então não registrada foi chamada de ‘célula pirâmide’.
A descoberta, relatada no periódico Neuron, mostra que isso faz com que os sinais elétricos dessas células sejam transmitidos por um atalho.
“Os estímulos não precisam ser propagados pelo corpo da célula”, afirma o cientista responsável pelo estudo, Christian Thome, da Universidade de Heidelberg.
Essas células foram encontradas no hipocampo, uma região cerebral envolvida na memória. Mais da metade das células de lá teriam o axônio emergindo de um dendrito.
Testes com impulsos artificiais mostraram que, quando eles são enviados por um dendrito ligado a um axônio, a resposta total do neurônio é mais forte.
Agora cientistas querem entender de que forma esse neurônio diferencial afeta as nossas funções biológicas.
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